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Archive for 3 de junho de 2011

O humor assume diversas faces ao longo do tempo

Por Camilla Dias, Ellis Lopes,  Jennifer Nunes, Maria Cristina, Pricila Camboim

O humor entra em cena na publicidade a partir dos anos 70, quando as propagandas deixaram de ser só de informação e começaram a ter brilho, visibilidade e serem percebidas como essencial. Quando a propaganda passou a conter persuasão, foi trabalhada numa demonstração dos produtos de forma dramática. Se considerarmos o diagnóstico de que vivemos em uma sociedade depressiva, justificaremos plenamente o uso do humor em propagandas.  Contudo, o humor assume categorias. E se transforma ao longo do tempo. O que foi engraçado em 1980, se aplicarmos aos dias atuais, talvez não observaremos os mesmos resultados ou efeitos causados naquela época. 

O humor depois de ter invadido a publicidade americana, transportou-se pelo mundo assumindo características distintas em cada país. Envolvendo criatividade e inventividade, a destreza com as palavras resulta em efeitos diversos que são característicos de cada linguagem ou língua. Observamos então duas faces primordiais para o humor: a intelectual e a emocional.

Se você hoje possui 30 anos de idade e vê propagandas da sua infância, certamente suas lembranças serão boas devido ao tempo em que você viveu as experiências da mesma. Mas se você, diante de toda sua experiência, conhecimento de mundo e maturidade alcançados ao longo do tempo analisa a mesma propaganda atribuindo-lhe uma qualidade lógica, não perceberá o humor que o divertia quando possuía 6 anos de idade. E se você, mostra a mesma propaganda ao seu filho de 5 anos de idade, ele também não perceberá nem esboçará nenhuma reação que você esboçou na época em que via a propaganda. Isso acontece porque você acumula informações que vão perdendo significado e sentindo ao longo do tempo ou ganhando novas informações. E é o que naturalmente acontece com o humor na publicidade. Ao adquirir experiências e conhecimento de mundo, suas análises serão baseadas em face intelectual. Mas se você atribui a suas análises sentimentos, você utilizará sua face emocional. Observe essas propagandas de épocas anteriores e atribua-lhes as duas faces de análise, a emocional e a intelectual.

Obviamente não se nega a criatividade e funcionalidade dessas peças. Mas se levarmos em consideração as mudanças ocorridas ao longo do tempo e se tentássemos aplicá-las aos dias atuais, nossas formas de humor hoje não atenderiam aos objetivos dessas mensagens. O humor na publicidade foi se modificando ao longo do tempo por diversos fatores: os sociais, quando a sociedade muda conceitos, regras e impulsiona as formas de rir: os psicológicos, quando a mente humana muda pelas experiências adquiridas, e os fatores que estão diretamente ligados à publicidade. Onde a mesma une esses fatores e faz uma reflexão alterando os sentidos da comunicação para levar uma mensagem. Isso é o que acontece atualmente quando você vê cenas que remetem a sexualidade em propagandas. Hoje você ri, acha engraçado e diverte a mente. Mas antes, na época dos seus pais, isso não seria nem um pouco engraçado. E isso é o que basicamente passou a mover a publicidade atual. “Rir dos outros” em situações constrangedoras e foras de uma linha de pensamento passa a ser a face atual da propaganda. Ainda assim, o humor continua sendo uma ferramenta de persuasão ímpar. E atinge objetivos favoráveis que a publicidade tradicional de informação muitas vezes não consegue. Isso porque as pessoas são fãs da diversão e, quando encontram humor em peças publicitárias, sua atenção se volta à persuasão objetivada pelas mesmas. Muitas vezes, elas acabam trazendo personagens, bordões, slogans etc. para seu cotidiano, prolongando assim mensagens publicitárias.

Ainda assim, as pessoas riem como riam antes? Será que continuarão mudando as formas de humor?

Referências

SCARPARI, Maurici. A comicidade na propaganda. Disponível em:

http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/rcger/article/viewFile/296/296

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